As
Escolas de Capinzal foram e são palco de ricas e importantes histórias na trajetória
da Educação. A que desejo destacar, neste momento, é a história da Biblioteca
“CRUZ E SOUZA, da Escola Pública
Estadual BELISÁRIO PENA”. Tenho por esta
história uma memória afetiva e respeitosa.
Dá
para imaginar o que significou a implantação e inauguração dessa biblioteca, no
ano de l968, quando os professores não tinham outro auxílio a não ser o livro
didático, então adotado?
Para
a felicidade e enriquecimento intelectual dos professores e dos alunos, que ali
lecionavam e estudavam, brilhou uma LUZ intensa. Eis que surge uma equipe de
professores e mesmo alunos, com outra ótica sobre o processo
ensino-aprendizagem. Esta equipe se engajou de corpo e alma na implantação de
um centro dinâmico que é considerado o “coração
da escola”- a BIBLIOTECA ESCOLAR.
A biblioteca é, sem sombra
de dúvida, a ALMA DA ESCOLA. Ela deve atuar em consonância com a sala
de aula. O acervo diversificado de livros literários e de outros gêneros deve
participar em todos os níveis e momentos do processo de desenvolvimento
curricular. Além de diversificado, deve
ser organizado, acessível a alunos e professores.
Como
a escola não possui documentos da história inicial desta biblioteca, foram as
pessoas que mais estiveram presentes na
escola, durante anos e anos, que fizeram
relatos e apresentaram fotos da época passada. A bibliotecária de hoje,
apresentou os livros de registro e de
campanhas a favor da dinamização do acervo.
A
professora Sirlene Soccol Dambrós, uma das alunas, na época de 1968, esteve
engajada, neste acontecimento de grande louvor.
Assim,
resumidamente, ela relembrou: “Em dezembro de 1968, foi inaugurada a Biblioteca
“CRUZ E SOUZA”, tendo como padrinho o Sr. Silvio Santos, um dos maiores
doadores de livros. Foram muitos meses, muitas horas de trabalho intenso, na
classificação e restauração dos livros literários. Foram muitos sábados (à
tarde) e muitas manhãs de domingos, sob a coordenação do incansável e
admiradíssimo professor Paulo Bragatto Filho.
Lembrou, também, os que mais se envolveram: os alunos Luiz Carlos Bof,
Paulo Britto, Mafalda Contessoto, Inês Dias, Loreno Siviero e outros...
Lembrou,
ainda, da eleição da primeira diretoria:
Supervisor: Profº. Paulo Bragatto
Filho
Presidente : Profª. Holga
Brancher
Vice-Presidente: Profª . Wanda Bazzo
Tesoureiro: aluno Luiz Carlos Bof
Secretária: aluna Sirlene Soccol (exercendo, também, a função de
bibliotecária)
Conselho Consultivo: Profª Olga
Manfredini
Aluna
Mafalda Contessoto
Aluno
Nélito Colombo
Com
um mês de existência, a Biblioteca já possuía seu Regimento Interno (elaborado
pelo profº. Paulo Bragatto Filho) e aprovado em Assembleia Geral. O acervo já contava com aproximadamente 800 livros,
incluindo alguns periódicos.”
Em 1968, a Biblioteca CRUZ E SOUZA era um espaço pequeno, mas convidativo.
A
Biblioteca estava viva. Para continuar
com vida, precisou ser regada, implementada.
Segundo
relatos das professoras Maria Luiza Morosini e Maria Lucinda Corcetti que
estiveram por mais de vinte longos anos, fazendo parte da equipe gestora da
Escola “Belisário Pena”, confirmaram que todos os diretores e diretoras,
professores, demais funcionários, alunos e pais que escreveram a história desta
casa de ensino e, também, a comunidade capinzalense, sempre elegeram a
biblioteca como centro de todo o processo educativo. Tanto o espaço físico como
o acervo bibliográfico foi motivo especial de aprimoramento. No passado foi uma pequena semente.
Hoje, ela está assim, conta com
um acervo de 25.000 (vinte e cinco mil) obras aproximadamente. Pais, alunos,
voluntários e, principalmente, professores de Língua Portuguesa sempre
estiveram engajados na prática da leitura. Devo dizer que a professora Maria
Luiza, que exerceu por mais de vinte anos a função de bibliotecária, sabe muito
bem de tantas campanhas, tantas lutas em prol do crescimento desta biblioteca.
Ela sempre enfatizou que todo o corpo docente, a APP, os alunos e a comunidade
sempre foram o sustentáculo desta linda história de incentivo à leitura e à
cultura, com o engajamento dos diretores e de patrocinadores.
Esta história mostra que a semente, plantada e regada com dose de amor, germina, brota, floresce, cresce e merece aplausos e reverências. Tenho total convicção de que quem usufruiu e continuou a implementar esta história sente-se feliz em poder ter partilhado desta semeadura de amor incondicional para a formação sentimental e integral dos filhos desta Terra. Mil vezes parabéns à GRANDE EQUIPE.
Esta história mostra que a semente, plantada e regada com dose de amor, germina, brota, floresce, cresce e merece aplausos e reverências. Tenho total convicção de que quem usufruiu e continuou a implementar esta história sente-se feliz em poder ter partilhado desta semeadura de amor incondicional para a formação sentimental e integral dos filhos desta Terra. Mil vezes parabéns à GRANDE EQUIPE.
Não
posso deixar de relembrar do verso da escritora Eloí Elisabete Bocheco no poema
“Mutirão Poético”:
Ela
que estudou nesta escola, fez parte desta luta em prol do livro, assim
repetiria: “QUE MUTIRÃO
DE MUITAS MÃOS
E CORAÇÕES!!!”
Desde 1968 – por muita
gente que tem a missão de semear cultura, conhecimento, criatividade,
imaginação, sensibilidade e muita informação.
Repito:
“QUE MUTIRÃO
DE MUITAS MÃOS
E CORAÇÕES”!!!