sexta-feira, 9 de março de 2018

Olá caros leitores...

Estou de volta.
A primeira postagem é a redação de Bruno Gabriel Dacas Fávero, que contribuiu para a aprovação no vestibular de Medicina da UNINOVE de São Paulo. O tema era "Necessidade do desarmamento nuclear".
O interessante é que, eu que sou vó, trabalhei com ele o poema Rosa de Hiroshima. Foi esse poema que serviu de inspiração para a produção da tal redação. Assim ele falou...

Tema: Necessidade do desarmamento nuclear

                “Mulheres cegas, inexatas;  crianças mudas, telepáticas;  a rosa de Hiroshima, que de rosa não tem nada”. O visionário poema contemporâneo, de Vinicius de Moraes, denuncia o nefasto prejuízo da explosão atômica, em Hiroshima. Da Guerra  Fria até o ressurgimento da ameaça de um conflito global, o poderio nuclear representa risco à humanidade, quer pelos danos humanos hediondos, quer pelo monopólio do mesmo pelas Superpotências.
                No viés do sofrimento causado pelo uso de armas nucleares, essas fomentam crimes desumanos à liberdade, à vida e à dignidade. Em uma Era, onde a humanidade se desumaniza e a sociedade polariza, o poder nuclear é de extremo risco às nações e ao Planeta. Prova disso é o comentário de uma internauta no Facebook. Essa defendia o uso de uma bomba nuclear que destruísse todo o nordeste brasileiro, evidenciando que a tensão social instiga o ódio e o (pré) conceito e, em porte de poder destrutivo nuclear, é uma afronta a todos os direitos básicos. Logo, visto que nem a flor mais seca do deserto merece sofrer pelas mazelas humanas, a restrição às bombas nucleares faz-se necessária para ratificar as conquistas de direitos e barrar o ciclo do ódio e do sofrimento.
                Outrossim, além do injustificável sofrimento humano, é necessário conter o poderio nuclear devido ao cartel criado pelo mesmo. Superpotências, como os EUA e a China, os quais não cooperam nos tratados que retardam o poder atômico, têm interesses econômicos e políticos na indústria armamentista.  Além disso, para manter a “ordem mundial vigente”, cria-se teses levianas, tentando, de forma sutil e infeliz, justificar tamanha crueldade e  os riscos à democracia, aos ecossistemas e à vida. Mas, como tudo na história, as teses maquiavélicas (onde fins justificam meios) não passam de episódios já vividos, como o darwinismo social, que embasava o imperialismo na superioridade racial, sem rigor científico ou legal.
                Portanto, é necessário: união das “nações menores” pelo desarmamento nuclear; luta das massas nacionais, pressionando a indústria bélica; defesa aos direitos básicos e humanos e engajamento midiático pelo gradativo aposento das armas nucleares. Dessa forma, evitar-se-á que os espinhos dessa rosa-explosiva, tão cálida, violentem, novamente, a humanidade e seus direitos.


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Para quem ainda não leu o tal poema "Rosa de Hiroshima", ele se encontra nas postagens anteriores.

Qual a resposta? (profª Schirley)


Não mais do que de repente, acordei numa madrugada e escrevi:

QUAL A RESPOSTA?
                 
              Se perguntassem a você, como ensinar a ser bondoso, generoso e solidário, como você responderia?
           Que pergunta difícil de ser respondida. Fácil é ensinar a fazer tricô, a costurar, a bordar, a consertar a televisão, a construir uma casa;  fácil é ensinar a ler, ensinar os números e a fazer contas; fácil é ensinar física, química e tantas outras coisas.
               Mas como ensinar a ser solidário?
           Isso é simplesmente atitude. Implica em sensibilidade, sentimentos, emoção e ação. Como ensinar a alegria e a emoção de pegar na mão do cego para atravessar a rua?  Sentimento não se ensina, se pratica, se sente com o coração.  Coisas que moram dentro do nosso coração, não podem ser ensinadas.
            Já não sei mais o que dizer... Mas, felizmente, lembrei-me do grande escritor Rubem Alves. Ele assim se expressou e muito bem explicitou, quando escreveu a Crônica “É Assim Que Acontece a Bondade.”
“...Será possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? Como, se ele não ouve? E poderei ensinar a beleza das telas de Monet a um cego?  De que pedagogia irei me valer para comunicar cores e formas a quem não vê? Há coisas que não podem ser ensinadas. Há coisas que estão além das palavras. Coisas que podem ser ensinadas são aquelas que podem  ser ditas.  (pg. 10 do livro “As Melhores Crônicas de Rubem Alves”).
          Rubem Alves,  nesse livro acima citado, ainda diz: “Palavras que ensinam são gaiolas para pássaros engaioláveis. Os saberes, todos eles, são pássaros engaiolados. Mas a solidariedade é um pássaro que não pode ser engaiolado. Ela não pode ser dita. A  solidariedade pertence a uma classe de pássaros que só existem em voo. Engaiolados, esses pássaros morrem. A beleza é um desses pássaros. A beleza está além das palavras.” (pag. 11).
            Rubem Alves continua: “O que pode ser ensinado são as coisas que moram no mundo de fora: astronomia, anatomia, palavras. Mas há coisas que não estão do lado de fora. Coisas que moram dentro do corpo., Estão enterradas na carne, como se fossem sementes à espera...” ( Pag. 11)
          E continua : “ Já disse que solidariedade é um sentimento. É esse o sentimento que nos torna humanos. É um sentimento estranho, que perturba nossos próprios sentimentos. A solidariedade me faz sentir sentimentos que não são meus, que são de um outro". (pag. 12) .
       “A solidariedade  é a forma visível do amor. Pela magia do sentimento de solidariedade, meu corpo passa a ser morada do outro. É assim que acontece a bondade.” (pag.13).
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Caros leitores, não deixem de ler O livro de Rubem Alves: “As Melhores Crônicas de Rubem Alves”. Ed. Papirus.

Você merece (Profª Schirley)


A mulher tem valor,
Trabalha todo dia,
com a arte da acrobacia.

Não são as palavras
que nos convencem.
ATITUDE é TUDO!!!
Palavras podem ser vagas,
às vezes, efêmeras
ou até duvidosas,
muitas vezes perigosas.

É só uma, a realidade:
a mulher, hoje, é a musa,
enfrenta o batente,
exerce qualquer profissão
e o faz com amor e perfeição.

Começo pela Mulher do Lar.
Alguns homens ainda dizem:
ela não  trabalha,

é apenas uma dona de casa.
E eu pergunto:
- quem administra a casa?
- Quem faz a limpeza?
- Quem lava e passa a roupa?
- Quem cozinha e cuida dos filhos?
- Quem vai ao supermercado?
- Quem é que faz tantas outras tarefas?

A rotina da mulher começa
De manhã  e vai até à noite.

Então, ela responde:
- Como não trabalho!?
sou a cozinheira e a faxineira,
sou a cuidadora e a enfermeira,
sou a serviçal e a conselheira,
a mulher, a esposa, a mãe,
a filha, a amiga e a professora,
sou a babá e o cobertor...
Não tenho dia de folga,
não tenho salário,
muitas vezes, nem respeito,
nem carinho, nem abraço,
só estendo os braços.

Passo a falar da mulher,
de duas ou três jornadas:
trabalha pela manhã,
à tarde e à noite.

A mulher cozinheira,
profissional  indispensável,
no restaurante, na lanchonete,
papel  também de garçonete,
tem  trato bem  amável.
Você merece seu valor.
 
A mulher professora,
Seja da escola pública ou particular.

Não tem salário digno,
Mas creio, o faz com competência e amor.
Deve, sim, ser  respeitada.
Você merece seu valor.

A mulher artesã,
dia e noite, no atelier.

Mãos hábeis, criatividade,
muita inventividade,
para poder sobreviver.
Você merece seu valor. 

A mulher pintora,
não só de telas,
também de paredes e tetos.
Não tem medo das alturas,
casa própria- o grande sonho.
Você merece seu valor.
 
A mulher dentista,
Falo também da jardineira,
da médica e da agricultora,
digo sinceramente:
Você merece seu valor.

A frentista e a doceira,
a redatora da revista,
a juíza e a delegada,
a ponderada  taxista...
Você merece seu valor.

A maquiadora e a cabelereira,
a artista e a decoradora,
a atleta e a costureira,
também, a jornalista e a escritora...
Você merece seu valor.

Não posso todas citar.
Hoje, a mulher surpreende,
exerce qualquer profissão,
para sua família sustentar.
E digo a todas:
VOCÊS  MERECEM SEU  VALOR.

Por ocasião ao DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

Caros leitores...

Não sou escritora. Mas gosto de expor minhas ideias, enfim, de manifestar meus pensamentos, minhas opiniões sobre alguns assuntos.

Leiam o Texto: Qual o motivo de tanta euforia? (Profª Schirley)


           Basta ler a história do Carnaval, no Brasil, e você entenderá, perfeitamente, a sua evolução.
           EVOLUÇÃO?  Em que sentido?
           Hoje, é considerada a festa de maior importância na atividade comercial.  Empresários do jogo do bicho e de outras atividades empresariais começaram a investir na tradição cultural. A Prefeitura do Rio de Janeiro passou a colocar arquibancadas na Avenida Rio Branco e a cobrar ingresso para ver o desfile. Em São Paulo, também,  houve esse desenvolvimento.  Você sabia que em 1984, foi criado, no Rio de Janeiro, o Sambódromo, sob o mandato do ex-governador Leonel Brizola? Então, o carnaval, além de ser uma tradição cultural brasileira, passou a ser um lucrativo negócio do ramo turístico e do entretenimento.
             Qual foi o objetivo desse entretenimento?
             Carnaval, pode-se dizer que é um Entrudo mal intencionado?
             É cafonice? É festa cheia de excessos e de existência improdutiva?
             Se não rolasse tanta bebida, tanta nudez, tanta fantasia luxuosa, tanto dinheiro  e não existisse tanta gente passando fome e morrendo nos corredores dos hospitais, sem recursos; tanta falta de investimentos na educação de qualidade, até que seria uma diversão saudável.
            Será que a provocação interesseira dessa alegria não é para esconder as tristezas do povo, as injustiças e o mal da corrupção? Será que enfeitiçam os brasileiros para cantarem e não chorarem e não protestarem?
             Está na hora de dar um basta:
             - menos purpurina, menos nudez;
             - menos dinheiro para as alegorias;
             A harmonia vem da evolução da alma das pessoas, nãos das alegorias.
           A vida é linda, mas a “ lindeza do lindo mais lindo que há no lindíssimo, vem da justiça, da igualdade, do respeito e do amor pelo brasileiro.
          Enquanto você esquece desses valores e sentimentos nobres, os detentores do falso  Poder, apoiam essa orgia, pois  continuam sugando do povo cada gota de sangue e cada centavo que podem roubar.
        São vários dias em que as ruas desse imenso Brasil ficam tomadas de foliões, gritando e cantando de alegria.
             E eu pergunto:
             - Qual é o motivo de tanta euforia?