A primeira postagem é a redação de Bruno Gabriel Dacas Fávero, que contribuiu para a aprovação no vestibular de Medicina da UNINOVE de São Paulo. O tema era "Necessidade do desarmamento nuclear".
O interessante é que, eu que sou vó, trabalhei com ele o poema Rosa de Hiroshima. Foi esse poema que serviu de inspiração para a produção da tal redação. Assim ele falou...
Tema: Necessidade do desarmamento nuclear
“Mulheres
cegas, inexatas; crianças mudas,
telepáticas; a rosa de Hiroshima, que de
rosa não tem nada”. O visionário poema contemporâneo, de Vinicius de Moraes,
denuncia o nefasto prejuízo da explosão atômica, em Hiroshima. Da Guerra Fria até o ressurgimento da ameaça de um
conflito global, o poderio nuclear representa risco à humanidade, quer pelos
danos humanos hediondos, quer pelo monopólio do mesmo pelas Superpotências.
No viés do sofrimento causado pelo uso de armas
nucleares, essas fomentam crimes desumanos à liberdade, à vida e à dignidade.
Em uma Era, onde a humanidade se desumaniza e a sociedade polariza, o poder
nuclear é de extremo risco às nações e ao Planeta. Prova disso é o comentário
de uma internauta no Facebook. Essa defendia o uso de uma bomba nuclear que
destruísse todo o nordeste brasileiro, evidenciando que a tensão social instiga
o ódio e o (pré) conceito e, em porte de poder destrutivo nuclear, é uma
afronta a todos os direitos básicos. Logo, visto que nem a flor mais seca do
deserto merece sofrer pelas mazelas humanas, a restrição às bombas nucleares
faz-se necessária para ratificar as conquistas de direitos e barrar o ciclo do
ódio e do sofrimento.
Outrossim, além do injustificável sofrimento humano,
é necessário conter o poderio nuclear devido ao cartel criado pelo mesmo.
Superpotências, como os EUA e a China, os quais não cooperam nos tratados que
retardam o poder atômico, têm interesses econômicos e políticos na indústria armamentista. Além disso, para manter a “ordem mundial
vigente”, cria-se teses levianas, tentando, de forma sutil e infeliz, justificar
tamanha crueldade e os riscos à
democracia, aos ecossistemas e à vida. Mas, como tudo na história, as teses
maquiavélicas (onde fins justificam meios) não passam de episódios já vividos,
como o darwinismo social, que embasava o imperialismo na superioridade racial,
sem rigor científico ou legal.
Portanto, é necessário: união das “nações menores”
pelo desarmamento nuclear; luta das massas nacionais, pressionando a indústria
bélica; defesa aos direitos básicos e humanos e engajamento midiático pelo
gradativo aposento das armas nucleares. Dessa forma, evitar-se-á que os
espinhos dessa rosa-explosiva, tão cálida, violentem, novamente, a humanidade e
seus direitos.
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Para quem ainda não leu o tal poema "Rosa de Hiroshima", ele se encontra nas postagens anteriores.
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