quinta-feira, 27 de julho de 2017

MEMÓRIA E REVERÊNCIAS (Profª. Schirley)

           As Escolas de Capinzal foram e são palco de ricas e importantes histórias na trajetória da Educação. A que desejo destacar, neste momento, é a história da Biblioteca “CRUZ E  SOUZA, da Escola Pública Estadual BELISÁRIO PENA”.  Tenho por esta história uma memória afetiva e respeitosa.
         Dá para imaginar o que significou a implantação e inauguração dessa biblioteca, no ano de l968, quando os professores não tinham outro auxílio a não ser o livro didático, então adotado?
           Para a felicidade e enriquecimento intelectual dos professores e dos alunos, que ali lecionavam e estudavam, brilhou uma LUZ intensa. Eis que surge uma equipe de professores e mesmo alunos, com outra ótica sobre o processo ensino-aprendizagem. Esta equipe se engajou de corpo e alma na implantação de um centro dinâmico que é considerado o “coração da escola”- a BIBLIOTECA  ESCOLAR.
            A biblioteca é, sem sombra de dúvida, a ALMA DA  ESCOLA.  Ela deve atuar em consonância com a sala de aula. O acervo diversificado de livros literários e de outros gêneros deve participar em todos os níveis e momentos do processo de desenvolvimento curricular.  Além de diversificado, deve ser organizado, acessível a alunos e professores.

            Como a escola não possui documentos da história inicial desta biblioteca, foram as pessoas que mais estiveram  presentes na escola, durante anos e anos,  que fizeram relatos e apresentaram fotos da época passada. A bibliotecária de hoje, apresentou os livros de registro  e de campanhas a favor da dinamização do acervo.

            A professora Sirlene Soccol Dambrós, uma das alunas, na época de 1968, esteve engajada, neste acontecimento de grande louvor.

            Assim, resumidamente, ela relembrou: “Em dezembro de 1968, foi inaugurada a Biblioteca “CRUZ E SOUZA”, tendo como padrinho o Sr. Silvio Santos, um dos maiores doadores de livros. Foram muitos meses, muitas horas de trabalho intenso, na classificação e restauração dos livros literários. Foram muitos sábados (à tarde) e muitas manhãs de domingos, sob a coordenação do incansável e admiradíssimo professor Paulo Bragatto Filho.  Lembrou, também, os que mais se envolveram: os alunos Luiz Carlos Bof, Paulo Britto, Mafalda Contessoto, Inês Dias, Loreno Siviero e outros...
            Lembrou, ainda, da eleição da primeira diretoria:
Supervisor: Profº. Paulo Bragatto Filho
Presidente : Profª. Holga Brancher
Vice-Presidente: Profª . Wanda Bazzo
Tesoureiro: aluno Luiz Carlos Bof
Secretária: aluna Sirlene Soccol  (exercendo, também, a função de bibliotecária)

Conselho Consultivo: Profª Olga Manfredini
                                        Aluna Mafalda Contessoto
                                        Aluno Nélito Colombo

            Com um mês de existência, a Biblioteca já possuía seu Regimento Interno (elaborado pelo profº. Paulo Bragatto Filho) e aprovado em Assembleia Geral. O acervo já contava com aproximadamente 800 livros, incluindo alguns periódicos.”

Em 1968, a Biblioteca CRUZ E SOUZA era um espaço pequeno, mas convidativo.

            A Biblioteca  estava viva. Para continuar com vida, precisou ser regada, implementada.
           Segundo relatos das professoras Maria Luiza Morosini e Maria Lucinda Corcetti que estiveram por mais de vinte longos anos, fazendo parte da equipe gestora da Escola “Belisário Pena”, confirmaram que todos os diretores e diretoras, professores, demais funcionários, alunos e pais que escreveram a história desta casa de ensino e, também, a comunidade capinzalense, sempre elegeram a biblioteca como centro de todo o processo educativo. Tanto o espaço físico como o acervo bibliográfico foi motivo especial de aprimoramento. No passado foi uma pequena semente.
  
       Hoje, ela está assim, conta com um acervo de 25.000 (vinte e cinco mil) obras aproximadamente. Pais, alunos, voluntários e, principalmente, professores de Língua Portuguesa sempre estiveram engajados na prática da leitura. Devo dizer que a professora Maria Luiza, que exerceu por mais de vinte anos a função de bibliotecária, sabe muito bem de tantas campanhas, tantas lutas em prol do crescimento desta biblioteca. Ela sempre enfatizou que todo o corpo docente, a APP, os alunos e a comunidade sempre foram o sustentáculo desta linda história de incentivo à leitura e à cultura, com o engajamento dos diretores e de patrocinadores.









       Esta história mostra que a semente, plantada e regada com dose de amor, germina, brota, floresce, cresce e merece aplausos e reverências. Tenho total convicção de que quem usufruiu e continuou a implementar esta história sente-se feliz em poder ter partilhado desta semeadura de amor incondicional para a formação sentimental e integral dos filhos desta Terra.  Mil vezes parabéns à GRANDE  EQUIPE.







        Não posso deixar de relembrar do verso da escritora Eloí Elisabete Bocheco no poema “Mutirão Poético”:

            Ela que estudou nesta escola, fez parte desta luta em prol do livro, assim repetiria: “QUE  MUTIRÃO  DE  MUITAS  MÃOS  E  CORAÇÕES!!!”
            Desde 1968 – por muita gente que tem a missão de semear cultura, conhecimento, criatividade, imaginação, sensibilidade e muita informação. 


            Repito:  “QUE  MUTIRÃO  DE  MUITAS  MÃOS  E  CORAÇÕES”!!!