terça-feira, 5 de setembro de 2017

ESCOLA (Profª Schirley em 2002)

ESCOLA deveria rimar com:
Viola,
Sacola,
Cartola.

Se rimasse com VIOLA, teria:
Sonoridade e musicalidade,
Canção, animação
E muita emoção.

Se rimasse com SACOLA, não faltaria:
Lápis e borracha,
Caneta e caderno,
Entusiasmo e determinação.

Se rimasse com CARTOLA, teria muita magia:

Nasceria em cada escola
Uma vasta BIBLIOTECA,
Com livros, jornais e revistas.

POESIA teria todo dia...
LEITURA e ESCRITURA
Seriam o EXERCÍCIO

Para a CIDADANIA. 


RESENHA DO LIVRO: CASA DE CONSERTOS (Ana Schirley Favero)

Resenha é gênero textual de muita importância. Deve ser estudado e praticado desde o ensino fundamental.


RESENHA DO LIVRO: CASA DE CONSERTOS (Ana Schirley Favero)

O livro para ser bonito tem que ter corpo e alma

            A literatura é um longo discurso sobre a condição humana. Nada do que é humano é estranho à literatura. A vida, com todas as suas perplexidades, dúvidas, ruínas ou encantamentos, está nos grandes textos literários. Por isso, grandes obras literárias permanecem sempre atuais, embora lidas em tempos históricos diferentes. Os textos literários representam uma grande possibilidade de nutrição cognitiva e emocional para crianças, jovens, idosos- para qualquer idade.
            Faço esta introdução para falar do livro que é bonito porque tem corpo e alma- CASA DE CONSERTOS. Da escritora Eloí Elisabete Bocheco.  Uma obra literária que tem coisas a dizer para pequenos e grandes. Embora o livro Casa de Consertos conste no catálogo da Editora Melhoramentos como obra para a infância, não é uma obra só para esta faixa etária. Ao contrário, os adultos têm muito a aprender e se encantar com a narrativa.
            Dona Sofia, uma enfermeira aposentada, abre uma oficina de brinquedos em seu bairro, no casarão que fora de seus antepassados. Dona Sofia não conserta só brinquedos: é uma grande consertadora de almas também. Aos fregueses, ela oferece uma boa prosa e livros, visto que é uma grande leitora das obras literárias e adora conversar com pessoas.
            Os fregueses lhe contam suas histórias, queixam-se de suas dificuldades existenciais, contam-lhe seus problemas. Dona Sofia, à frente do tempo, faz uso de uma terapia que cada vez toma mais forma no mundo atual: a BIBLIOTERAPIA. Ela receita livros como fonte de nutrição emocional, como suporte para o autoconhecimento e alento para seguir em frente, apesar das dificuldades de cada dia.
            Dona Sofia indica Manoel Bandeira, Adélia Prado, Josué Guimaráes, Cecília Meireles, conforme a queixa de cada um. Para cada caso, ela receita um autor.
            Mas, sua vida fica enriquecida mesmo, é quando vem a neta Olímpia passar as férias no casarão.
            Olímpia é quem atende os fregueses ao telefone. E aí as conversas ficam lúdicas, poéticas e, em muitos momentos, filosóficas. As conversas de Olímpia com os fregueses são imperdíveis, engraçadas, bem-humoradas, altamente literárias.
            Estas conversas com os fregueses variam muito e trazem para a cena poética temas humanos como a solidão da velhice, as saudades das pessoas queridas que estão distantes ou que partiram, o preconceito  contra o diferente, dentre outros temas.
            Olímpia “puxa conversa” com os fregueses e aí a conversa vai longe. As histórias de vida de cada um acabam aparecendo nessas conversas. O conserto do brinquedo querido é um modo de aproximar e trocar afetos porque, afinal de contas, precisamos das palavras e dos afetos de que são portadores para nos alimentar e sobreviver existencialmente.
            Há um momento insólito na narrativa, e é quando um homem pergunta à Olímpia se ele pode colocar o mundo para conserto na oficina de Dona Sofia. Dona Sofia não pode consertar o mundo, mas Olímpía, claro, dá a sua sugestão para consertar o mundo. (só lendo a obra para saber).
           
            Casa  de Consertos é uma obra artística que v ai perdurar no tempo sem perder a validade, pois aborda, em linguagem artística, temas do humano viver. A linguagem é rica e trabalhada cuidadosamente. Os personagens encarnam vivências ficcionais que podem ser reconhecidas por leitores de todas as idades.
            Olímpia é símbolo da ludicidade e da poeticidade da infância – ludicidade que o mundo do consumo faz tudo para destruir. Vemos crianças transformadas em mini-adultos, crianças estereotipadas, verdadeiros robôs da ordem vigente.
            Indico, então, o livro aos filhos e a seus pais. O livro encena o que poderia ser uma infância lúdica e poética. É uma obra de resistência. O texto artístico é sempre de resistência e vai na contramão da cultura predadora.
            O livro tem sido resenhado em publicações pelo país afora e recebeu nota DEZ do escritor Nelson de Oliveira, um dos maiores ícones da Literatura Brasileira atual. O livro tem um blogue só para divulga-lo: http://livrocasadeconsertos.blogspot.com

            Uma curiosidade sobre a leitura da obra pelos leitores: os leitores que têm avaliado Casa de Consertos dizem que gostariam que Olímpia continuasse conversando mais e mais com fregueses- desejam que tivesse mais brinquedos para consertar, para as conversas de Olímpia continuarem. Já sugerem o II volume, com mais conversas lúdicas de Olímpia. Quem ler vai entender por que os leitores querem o volume II das conversas. 



O CORDEL DAS PROFISSÕES – (C. B. Araújo- 19/05/2010)

A literatura de Cordel tem um cunho altamente crítico reflexivo.
Leiam com atenção...
                       
            O CORDEL DAS PROFISSÕES – (C. B. Araújo- 19/05/2010)

Quero pedir permissão,
A todo trabalhador,
Que sustenta essa nação,
A troca de seu suor,
Do informal ao contratado,
Ambulante ou empregado,
Seu trabalho tem valor.

Por isso vou começar,
Pelo amigo professor,
Que enfrenta o batente,
Creio que o faz com amor,
Público ou particular,
Quero parabenizar,
Seu trabalho tem valor.

Não posso deixar de fora,
Você que é  zelador,
Que deixa tudo arrumado,
Como seu chefe ordenou,
Diarista ou contratado,
Não se sinta envergonhado,
Seu trabalho tem valor.

Quero falar do porteiro,
O nobre trabalhador,
Às vezes, sem ter conforto,
Mas fica ali, sim senhor,
Pequena ou grande empresa,
Saiba com certeza,
Seu trabalho tem valor.
 
Vou falar nesse momento,
Do ambulante e camelô,
Que come o dia inteiro,

O pão que o diabo amassou,
Pra se livrar dos fiscais,
Não desista, meu rapaz,
Seu trabalho tem valor.

O pedreiro e o carpinteiro,              
Que são de outro setor,                     
O servente de pedreiro,                    
Engenheiro e construtor,
também o chefe de obras,
com energia de sobra,
seu trabalho tem valor.

Também o comerciante,
O servente e o vendedor,
O gerente e o caixeiro,
E o técnico de extintor,
O varredor de calçada,
E o pintor de fachada,
Seu trabalho tem valor.

Também quero aqui falar,
Do mecânico e soldador,
Do carteiro e do dentista,
O técnico em ventilador,
Seja mais simples função,
Digo com exatidão,
Seu trabalho tem valor.

Lembrei-me do carreteiro,
Exemplo de sofredor,
Que viaja o tempo inteiro,
Quer faça frio ou calor,
Nas estradas do país,
Pra esse digo feliz
Seu trabalho tem valor.
 
Continuando esse cordel,
Falo do agricultor,
Brasileiro das mãos grossas,
Da riqueza um produtor,
Verdadeiro cidadão,
Desbravador do sertão,
Seu trabalho tem valor.

Tem também o borracheiro,
O engraxate e o pintor,
 O cozinheiro e o leiteiro,
O enfermeiro e o doutor,
Sete funções diferentes,
Mas digo sinceramente,
Seu trabalho tem valor.
 
Vou falar do jardineiro,
Verdureiro e selador,

marceneiro e serralheiro,
Vidraceiro e lixador,
Fazem serviços distintos,
Mas é verdade, não minto,
Seu trabalho tem valor.
A secretária do lar,
E o que dirige o trator,
Também não pode faltar,
O técnico em computador,
Secretário de finanças,
E o que opera a balança,
Seu trabalho tem valor.

O motorista de ônibus,
O fiscal e o cobrador,
Frentista e o taxista,
Cartunista e polidor,
O doceiro e o cambista,
O redator da revista,
Seu trabalho tem valor.

O bancário e o segurança,
O que faz computador,
O perito criminal,
O juiz e o promotor,
O oficial de justiça,
Delegado de polícia,
Seu trabalho tem valor.
 
O piloto de avião,

Também o controlador,
O comissário de bordo,
E os serviçais do setor,
O agente de viagem,
O que revista as passagens,
Seu trabalho tem valor.

Também o eletricista,
E o que opera o motor,
A costureira e o alfaiate,
O atleta e o treinador,
O roupeiro e legista,
O gandula e o massagista,
Seu trabalho tem valor.

O maestro e o coreógrafo,
Cabelereiro e o maquiador,
O designer e o desenhista,
O artista e o decorador.
Tem também o jornalista
E o que escreve a notícia,
Seu trabalho tem valor.
O agente funerário,
E o embalsamador,
O auxiliar de necrópsia,
O coveiro e o lavador,
Tem o datiloscopista,
E o escrivão de polícia,
Seu trabalho tem valor.

Também o radialista,
O teceleiro  e o pastor,

O narrador de rodeios,
O peão e o domador,
O curtidor e o seleiro,
E o humilde sapateiro,
Seu trabalho tem valor.

Me lembrei do jangadeiro,
Catraieiro e o pescador,
O garçom e o jornaleiro,
O músico e o compositor,
Até o simples artesão,
Em sua humilde função,
Seu trabalho tem valor.

O último que vou falar,
É o colega escritor,
O amigo do poeta,
E também um sonhador,
Que se demora a escrever,
Pra esse eu posso dizer,
Seu trabalho tem valor.

Peço desculpas aos demais,
Que nesse cordel não entrou,
Aos outros profissionais,
Que os versos não alcançou,
Não fiquem bravos comigo,
Pois a vocês todos digo:

Seu trabalho tem valor. 

Valorizemos todas as profissões. Todas são muito importantes na nossa vida.

PELO ENCANTAMENTO (Profª Schirley)

            Neste mundo tecnológico em que vivemos, uma das missões mais difíceis é fazer nossas crianças e jovens pegarem gosto pela leitura. Sendo sincera e pela experiência, ao longo da minha carreira profissional, tanto os pais como os professores, nas fases da pré-escola e nas primeiras séries do Ensino Fundamental, a estratégia motivacional é “ENCANTÁ-LOS”.
            A leitura em voz alta, feita com a voz da alma, proporciona uma série de benefícios:
·         Estreitamento da relação afetiva entre pais e filhos.
·         Aquisição de um vocabulário rico raramente encontrado nas conversas diárias.
·         Contato com frases mais extensas  e estruturas sintáticas mais complexas.
·         Desenvolvimento da compreensão auditiva, determinante para a compreensão do texto.
·         Apuro na memória auditiva de curto prazo, que permite armazenar e recuperar informação fonológica (verbal) a curto e longo prazo.
·         Estimulação do desenvolvimento da linguagem antes mesmo de a criança ser capaz de falar.
           
            A leitura desenvolve a atenção, a concentração e o raciocínio, estimula a imaginação e a curiosidade, ajuda a lidar com os sentimentos e emoções, desenvolve empatia e ajuda a minimizar problemas de comportamento como: irritabilidade e outros.
            “A leitura é uma gostosa brincadeira com palavras”, define o médico Mário Roberto Hirschheimer.

            O texto escrito deve estar contido de encantamento e ludicidade.

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SUGESTÃO  DE  LIVROS  (Por faixa etária)
            
            É muito importante que se frise que a indicação de livros por faixa etária  é sempre aproximada. As crianças, além de terem desenvolvimento diferenciado, considera-se toda a bagagem sócio-comunicativa-afetiva cultivada no seu ambiente familiar. O exemplo vivenciado, partilhado com as atitudes e ações dos papais e mamães; o investimento dos pais no tempo para brincadeiras sadias e lúdicas; o amor intenso; o leque de ofertas para descobertas do mundo da palavra, das cores, dos sabores e dos aromas; o vivenciar valores éticos morais e humanos, o praticar normas de convivência, tudo isso, e muito mais,  contribuem para a educação integral e sentimental da criança. Portanto, a família é a primeira escola da criança.

            Não pensem que os livros infantis para bebês servirão apenas como enfeite ou para serem mordidos e babados ou até rasgados. É certo que o bebê deverá babar, roer e, por vezes, ignorá-los, mas um BOM LIVRO (adequado à idade) pode fazer toda a diferença no desenvolvimento da criança.  Nessa fase, de zero a um ano de idade, principalmente, deve-se ler histórias leves, rápidas e com finais felizes. É essencial que os livros tenham muitas imagens, cores e texturas, que chamem a atenção da criança. Modelos de livros de banho e de tecidos são ideais para essa idade. Nesta faixa de zero, de um, dois anos até uns cinco anos de idade, é importantíssimo ler contos curtos, de fadas, ler pequenos poemas e cantar músicas infantis.
            Caros pais, não esqueçam: “a leitura de histórias, de poesias, enfim... é a porta de entrada para o mundo da escrita.
            As pessoas que me conhecem e foram companheiras na luta por uma educação integral e sentimental sabem que sou apaixonada e semeadora da leitura. Não me canso de repetir a frase do escritor Câmara Cascudo: “leitura, leite intelectual”.
            Vamos ao banco da praça da profª Schirley:   Para COMEÇAR:
 
A)     Coleção Hora do Banho:

Meu Barquinho
Meu cavalinho
Meu gatinho
Meu Patinho.                 

E muitos outros... É só chegar nas livrarias e solicitar: livros de banho, de pano...  (para bebês).
                 

B)     Dos escritores Brian Moses e Mike Gordon- Ed. Scipione: Títulos publicados:
                 
1)      Com Licença?
2)      Deixa que eu faço!

3)      E eu com isso?!
4)      É meu! Não empresto!
5)      Essa rua é nossa!
6)      Falou comigo?
7)      Não fui eu!
8)      Por favor...
9)      Por que economizar água?
10)  Por que proteger a natureza?
11)  Quer uma mãozinha?
12)  Verdura? Não!


C)     Coleção “ As Coisas que eu gosto- Ruth Rocha- Dora Lord. Ed. Ática:

1)      As coisas que eu gosto
2)      Eu gosto muito
3)      Sabe do que eu gosto?
4)      Tem umas coisas que eu gosto.       


D)     Desta Fonte de pesquisa: sentaquevemhistoria@gmail.com  :

1)      Cadê o meu Ursinho?  Jez Alborough- Ed. Brinque Book
2)      Cocô no trono-  Benoit Charlat. Ed Companhia das letras.
3)      O que tem dentro da sua fralda? Guido Van Genechten. Ed. Brinque Book.
4)    125 Brincadeiras para estimular o cérebro da criança. De 1 a 3 anos. Jackie Dilberg. Ed. Ground
5)      Do que eu gosto em MIM? De Reader’sDigest. Ed. Carando.
6)      Mas Papai... Mathien Lavoie. Ed. Jujuba.
7)      Eu não quero dormir agora. Leuren Child. Coleção Charlie e Lola. Ed. Ática.
8)      O Balde das Chupetas. Bia Hetzel. Ed. Manati
9)      Pertinho de você. Annette Aub rey. Ed. Girassol
10)  O Sapo encontra um amigo. Monica Stahel. Ed. WMF Martins Fontes.


E)      Da Ciranda Cultura:
1)      Opostos
2)      Animais            e outros...


F)      Coleção Gato e Rato- Mary França e Eliardo França- Ed. Ática:
 
1)      O Susto
                  2)      A Galinha Choca
3)      O  Caracol
4)      O Vento
5)      Chuva!
6)      Dia e noite.            E tantos outros.



G)     Coleção Crie& Conte-  Cristina Porto e Tenê de Casa Branca. Ed. FTD:

1)      Abrindo a janela

2)      Vassoura Varredeira
3)      Se eu fosse...
4)      Trecos e cacarecos.
5)      Tantos retratos            e mais ainda.

H)     Coleção Belas Artes de Júnior:

1)      Cinco Sentidos na Primavera
2)      Quem mora no meu Jardim?
3)      Aconteceu com a Margarida.

I)        Da escritora Eloí Elisabete Bocheco:  ( mais indicados para a fase de alfabetização).

1)      Rimas e Números – Ed. Cuca Fresca

2)      UNI...DUNI...TÉIA.- Ed. Papa-Livro
3)      A de Amor   A de A B C – Ed. Papa-Livro.
4)      Cantorias de Jardim – Ed. Paulinas.
5)      Pomar de Brinquedo- Larousse Jovem
          
J)       Do Livro “ Pela Leitura Literária Na Escola de 1º Grau”- do professor Paulo Bragatto Filho. Ed. Ática- Série Educação: Apêndice Bibliográfico- sugestão de acervo por faixa etária- página 99.
             
            Mensagem importante: visitem nossas livrarias e encontrem muitos e muitos dos livros sugeridos.  Dicas:  AQUARELA,  PAPELUXO, LIVRARIA  CENTRAL, MAGIA...
            Pela Internet:  Livraria Cultura.
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            Em atenção:  Minha Contribuição.  Com carinho e respeito - Profª Schirley.


quinta-feira, 27 de julho de 2017

MEMÓRIA E REVERÊNCIAS (Profª. Schirley)

           As Escolas de Capinzal foram e são palco de ricas e importantes histórias na trajetória da Educação. A que desejo destacar, neste momento, é a história da Biblioteca “CRUZ E  SOUZA, da Escola Pública Estadual BELISÁRIO PENA”.  Tenho por esta história uma memória afetiva e respeitosa.
         Dá para imaginar o que significou a implantação e inauguração dessa biblioteca, no ano de l968, quando os professores não tinham outro auxílio a não ser o livro didático, então adotado?
           Para a felicidade e enriquecimento intelectual dos professores e dos alunos, que ali lecionavam e estudavam, brilhou uma LUZ intensa. Eis que surge uma equipe de professores e mesmo alunos, com outra ótica sobre o processo ensino-aprendizagem. Esta equipe se engajou de corpo e alma na implantação de um centro dinâmico que é considerado o “coração da escola”- a BIBLIOTECA  ESCOLAR.
            A biblioteca é, sem sombra de dúvida, a ALMA DA  ESCOLA.  Ela deve atuar em consonância com a sala de aula. O acervo diversificado de livros literários e de outros gêneros deve participar em todos os níveis e momentos do processo de desenvolvimento curricular.  Além de diversificado, deve ser organizado, acessível a alunos e professores.

            Como a escola não possui documentos da história inicial desta biblioteca, foram as pessoas que mais estiveram  presentes na escola, durante anos e anos,  que fizeram relatos e apresentaram fotos da época passada. A bibliotecária de hoje, apresentou os livros de registro  e de campanhas a favor da dinamização do acervo.

            A professora Sirlene Soccol Dambrós, uma das alunas, na época de 1968, esteve engajada, neste acontecimento de grande louvor.

            Assim, resumidamente, ela relembrou: “Em dezembro de 1968, foi inaugurada a Biblioteca “CRUZ E SOUZA”, tendo como padrinho o Sr. Silvio Santos, um dos maiores doadores de livros. Foram muitos meses, muitas horas de trabalho intenso, na classificação e restauração dos livros literários. Foram muitos sábados (à tarde) e muitas manhãs de domingos, sob a coordenação do incansável e admiradíssimo professor Paulo Bragatto Filho.  Lembrou, também, os que mais se envolveram: os alunos Luiz Carlos Bof, Paulo Britto, Mafalda Contessoto, Inês Dias, Loreno Siviero e outros...
            Lembrou, ainda, da eleição da primeira diretoria:
Supervisor: Profº. Paulo Bragatto Filho
Presidente : Profª. Holga Brancher
Vice-Presidente: Profª . Wanda Bazzo
Tesoureiro: aluno Luiz Carlos Bof
Secretária: aluna Sirlene Soccol  (exercendo, também, a função de bibliotecária)

Conselho Consultivo: Profª Olga Manfredini
                                        Aluna Mafalda Contessoto
                                        Aluno Nélito Colombo

            Com um mês de existência, a Biblioteca já possuía seu Regimento Interno (elaborado pelo profº. Paulo Bragatto Filho) e aprovado em Assembleia Geral. O acervo já contava com aproximadamente 800 livros, incluindo alguns periódicos.”

Em 1968, a Biblioteca CRUZ E SOUZA era um espaço pequeno, mas convidativo.

            A Biblioteca  estava viva. Para continuar com vida, precisou ser regada, implementada.
           Segundo relatos das professoras Maria Luiza Morosini e Maria Lucinda Corcetti que estiveram por mais de vinte longos anos, fazendo parte da equipe gestora da Escola “Belisário Pena”, confirmaram que todos os diretores e diretoras, professores, demais funcionários, alunos e pais que escreveram a história desta casa de ensino e, também, a comunidade capinzalense, sempre elegeram a biblioteca como centro de todo o processo educativo. Tanto o espaço físico como o acervo bibliográfico foi motivo especial de aprimoramento. No passado foi uma pequena semente.
  
       Hoje, ela está assim, conta com um acervo de 25.000 (vinte e cinco mil) obras aproximadamente. Pais, alunos, voluntários e, principalmente, professores de Língua Portuguesa sempre estiveram engajados na prática da leitura. Devo dizer que a professora Maria Luiza, que exerceu por mais de vinte anos a função de bibliotecária, sabe muito bem de tantas campanhas, tantas lutas em prol do crescimento desta biblioteca. Ela sempre enfatizou que todo o corpo docente, a APP, os alunos e a comunidade sempre foram o sustentáculo desta linda história de incentivo à leitura e à cultura, com o engajamento dos diretores e de patrocinadores.









       Esta história mostra que a semente, plantada e regada com dose de amor, germina, brota, floresce, cresce e merece aplausos e reverências. Tenho total convicção de que quem usufruiu e continuou a implementar esta história sente-se feliz em poder ter partilhado desta semeadura de amor incondicional para a formação sentimental e integral dos filhos desta Terra.  Mil vezes parabéns à GRANDE  EQUIPE.







        Não posso deixar de relembrar do verso da escritora Eloí Elisabete Bocheco no poema “Mutirão Poético”:

            Ela que estudou nesta escola, fez parte desta luta em prol do livro, assim repetiria: “QUE  MUTIRÃO  DE  MUITAS  MÃOS  E  CORAÇÕES!!!”
            Desde 1968 – por muita gente que tem a missão de semear cultura, conhecimento, criatividade, imaginação, sensibilidade e muita informação. 


            Repito:  “QUE  MUTIRÃO  DE  MUITAS  MÃOS  E  CORAÇÕES”!!!

quinta-feira, 1 de junho de 2017

VENHA COMIGO!!!

LEIA COM ATENÇÃO...

VALE A PENA REFLETIR - profª Schirley

               O estudo da gramática no Ensino de Língua Portuguesa está, há muito tempo, considerado obsoleto. Tanto pelas autoridades neste assunto, como pelos professores que têm outra ótica e reconhecem a língua como construção social.
            Hoje, reduzir o ensino de língua à Gramática Normativa é pouco produtivo. Não são as nomenclaturas que aumentarão a nossa performance linguística, mas a reflexão e o uso da língua. De nada adianta saber o que é uma oração subordinada adverbial temporal, se não se confere a essa construção uma prática, marcada pela semântica e pelo contexto. Grande parte dos livros didáticos ainda insistem em exigir do aluno que “retire os substantivos abstratos do texto.”
            Segundo Irandé Antunes, falar em Gramática Contextualizada é um tanto redundante, porque a linguagem é interação e só ocorre se houver um objetivo de comunicação. Todos os professores de qualquer disciplina, e, principalmente, os professores de Língua, precisam refletir sobre as propostas de ensino. Devem questionar o que concebem como gramática, quando visam ensiná-la. A que contexto se aplica? Oral, escrito, formal, informal? Quais são os usos?
            O acesso constante aos vários tipos e gêneros textuais devem ser a prioridade garantida aos alunos. Assim sendo, os discentes serão capazes de interpretar qualquer texto e de lograr êxito nas variadas situações de comunicação.
            Ainda, são poucos os profissionais que inserem o texto como protagonista da aula de Língua Portuguesa. Geralmente, as aulas são mais ocupadas com análises sintáticas e morfológicas de frases descontextualizadas. As atividades devem se voltar, essencialmente, aos inúmeros gêneros textuais, ao desenvolvimento da oralidade, com a ampliação do repertório vocabular, sempre no contexto da vivência circunstancial.
            O que se argumenta não é para defender a abolição da norma culta, mas que essa deve se pautar na observação dos usos orais e escritos da atualidade, nos vários âmbitos da cultura letrada. A língua está em constante mudança. Desconsiderar isso é ser retrógrado, é contrariar o princípio de que nossa experiência de linguagem está ancorada na vontade de inserção em grupo social.
            Portanto, o objetivo dos professores, de qualquer disciplina, deve ser ampliar as habilidades das linguagens: da matemática, da história, da ciência, da língua portuguesa e demais. A escola precisa garantir condições para que o aluno atinja os usos sociais da língua na forma e no modo em que precisamos recorrer a ela em diferentes contextos.


            Referência bibliográfica: texto de Leo Barbosa (professor e poeta) Publicado no

                                                                                         Correio da Paraíba-2014).     

Encantador!!!

Amigos leitores, vocês já conhecem o novo livro da escritora Eloí Elisabete Bocheco? 
É este aqui:

Começa assim:


Conheça todo o livro. Ele é indicado para começar a alfabetização na linguagem matemática. Este livro, além de contextualizar a matemática inicial, é super recomendado pelo valor da interdisciplinaridade. Matemática na poesia! Números articulados com as palavras poéticas! É um primor de livro!

            É um livro encantador, poético, lúdico, fascinante, divertido, inteligente. Podemos dizer que este livro é um professor. Ele explica, através das palavras  bem tecidas e rimadas e com as imagens combinantes e engenhosas, a linguagem matemática.

            A matemática
            não é um bicho papão.
            É uma linguagem,
            que bem entendida,
            é prazerosa e divertida.
            E dentro da poesia,
            é pura alegria.

           

            Vale a pena adquirir. Toda escola deve tê-lo como ferramenta lúdica para uma aprendizagem, sem trauma com a dita matemática inicial. É encontrado na Editora Cuca Fresca. É só acessar... Também em livrarias...

MATEMÁTICA - É LER, INTERPRETAR, PENSAR E RESOLVER

SUBTRAÇÃO  (Manuel Bastos Tigre)         BICHARADA MACHUCADA
                                                                                                       (Joelma da Costa)
Eu sou a subtração                                              O sapo Josué
É diminuir o meu fim.                                         Tem quatro feridas no pé.
Saibam que essa operação
Não tem segredos para mim.                               O urso Rodrigo
                                                                              Tem um machucado no umbigo.
Dez menos sete são três;
Seis menos dois, quatro são.                                 O macaco Manuelão
E, de quatro, tirar seis,                                          tem cinco cortes em cada mão.
Pode ser? Não pode, não!
                                                                                Todo corte, ferida ou machucado
Mas infeliz de quem ousa                                       com bandeide precisa ser tratado.
Cometer o crime feio                                              Pra esses doentes cuidar, de quantos
De subtrair uma cousa                                             curativos vamos precisar?
Que pertence ao bolso alheio.

            ADIÇÃO  ( Manuel Bastos Tigre)                       PROBLEMAS ( Manuel B. Tigre)

Eu sou a adição, reúno                                            Sabendo que Cascão utiliza o elevador
As parcelas e, afinal                                                 de seu prédio 5 vezes ao dia e Magali
Como sou um bom aluno                                        16 vezes por semana, calcule:
Depressa encontro o total.
    1)   Quantas vezes por semana cascão
Quatro mais cinco são nove;                                      utiliza o elevador?
Mais treze são vinte e dois.                
E se quiserem que eu prove,                                    2) Em 30 dias, quantas vezes Cascão
A prova farei depois.                                                    terá utilizado o elevador?

A mestra nunca esquece                                          3) Quantas vezes, em 3 semanas,
Desta nunca esquece.                                                  Magali utilizará o elevador?
Ó coisas da mesma espécie
É que podemos somar.                                            4) Se dessas vezes, Magali deixar
                                                                                    de utilizar o elevador durante uma
Somando pera e mamão,                                            semana por causa do cheiro de
Uva, banana e laranja                                                 Cascão, quantas vezes o elevador
Em lugar de uma adição                                             será utilizado por ela?
Uma salada se arranja.