quinta-feira, 1 de junho de 2017

VENHA COMIGO!!!

LEIA COM ATENÇÃO...

VALE A PENA REFLETIR - profª Schirley

               O estudo da gramática no Ensino de Língua Portuguesa está, há muito tempo, considerado obsoleto. Tanto pelas autoridades neste assunto, como pelos professores que têm outra ótica e reconhecem a língua como construção social.
            Hoje, reduzir o ensino de língua à Gramática Normativa é pouco produtivo. Não são as nomenclaturas que aumentarão a nossa performance linguística, mas a reflexão e o uso da língua. De nada adianta saber o que é uma oração subordinada adverbial temporal, se não se confere a essa construção uma prática, marcada pela semântica e pelo contexto. Grande parte dos livros didáticos ainda insistem em exigir do aluno que “retire os substantivos abstratos do texto.”
            Segundo Irandé Antunes, falar em Gramática Contextualizada é um tanto redundante, porque a linguagem é interação e só ocorre se houver um objetivo de comunicação. Todos os professores de qualquer disciplina, e, principalmente, os professores de Língua, precisam refletir sobre as propostas de ensino. Devem questionar o que concebem como gramática, quando visam ensiná-la. A que contexto se aplica? Oral, escrito, formal, informal? Quais são os usos?
            O acesso constante aos vários tipos e gêneros textuais devem ser a prioridade garantida aos alunos. Assim sendo, os discentes serão capazes de interpretar qualquer texto e de lograr êxito nas variadas situações de comunicação.
            Ainda, são poucos os profissionais que inserem o texto como protagonista da aula de Língua Portuguesa. Geralmente, as aulas são mais ocupadas com análises sintáticas e morfológicas de frases descontextualizadas. As atividades devem se voltar, essencialmente, aos inúmeros gêneros textuais, ao desenvolvimento da oralidade, com a ampliação do repertório vocabular, sempre no contexto da vivência circunstancial.
            O que se argumenta não é para defender a abolição da norma culta, mas que essa deve se pautar na observação dos usos orais e escritos da atualidade, nos vários âmbitos da cultura letrada. A língua está em constante mudança. Desconsiderar isso é ser retrógrado, é contrariar o princípio de que nossa experiência de linguagem está ancorada na vontade de inserção em grupo social.
            Portanto, o objetivo dos professores, de qualquer disciplina, deve ser ampliar as habilidades das linguagens: da matemática, da história, da ciência, da língua portuguesa e demais. A escola precisa garantir condições para que o aluno atinja os usos sociais da língua na forma e no modo em que precisamos recorrer a ela em diferentes contextos.


            Referência bibliográfica: texto de Leo Barbosa (professor e poeta) Publicado no

                                                                                         Correio da Paraíba-2014).     

Encantador!!!

Amigos leitores, vocês já conhecem o novo livro da escritora Eloí Elisabete Bocheco? 
É este aqui:

Começa assim:


Conheça todo o livro. Ele é indicado para começar a alfabetização na linguagem matemática. Este livro, além de contextualizar a matemática inicial, é super recomendado pelo valor da interdisciplinaridade. Matemática na poesia! Números articulados com as palavras poéticas! É um primor de livro!

            É um livro encantador, poético, lúdico, fascinante, divertido, inteligente. Podemos dizer que este livro é um professor. Ele explica, através das palavras  bem tecidas e rimadas e com as imagens combinantes e engenhosas, a linguagem matemática.

            A matemática
            não é um bicho papão.
            É uma linguagem,
            que bem entendida,
            é prazerosa e divertida.
            E dentro da poesia,
            é pura alegria.

           

            Vale a pena adquirir. Toda escola deve tê-lo como ferramenta lúdica para uma aprendizagem, sem trauma com a dita matemática inicial. É encontrado na Editora Cuca Fresca. É só acessar... Também em livrarias...

MATEMÁTICA - É LER, INTERPRETAR, PENSAR E RESOLVER

SUBTRAÇÃO  (Manuel Bastos Tigre)         BICHARADA MACHUCADA
                                                                                                       (Joelma da Costa)
Eu sou a subtração                                              O sapo Josué
É diminuir o meu fim.                                         Tem quatro feridas no pé.
Saibam que essa operação
Não tem segredos para mim.                               O urso Rodrigo
                                                                              Tem um machucado no umbigo.
Dez menos sete são três;
Seis menos dois, quatro são.                                 O macaco Manuelão
E, de quatro, tirar seis,                                          tem cinco cortes em cada mão.
Pode ser? Não pode, não!
                                                                                Todo corte, ferida ou machucado
Mas infeliz de quem ousa                                       com bandeide precisa ser tratado.
Cometer o crime feio                                              Pra esses doentes cuidar, de quantos
De subtrair uma cousa                                             curativos vamos precisar?
Que pertence ao bolso alheio.

            ADIÇÃO  ( Manuel Bastos Tigre)                       PROBLEMAS ( Manuel B. Tigre)

Eu sou a adição, reúno                                            Sabendo que Cascão utiliza o elevador
As parcelas e, afinal                                                 de seu prédio 5 vezes ao dia e Magali
Como sou um bom aluno                                        16 vezes por semana, calcule:
Depressa encontro o total.
    1)   Quantas vezes por semana cascão
Quatro mais cinco são nove;                                      utiliza o elevador?
Mais treze são vinte e dois.                
E se quiserem que eu prove,                                    2) Em 30 dias, quantas vezes Cascão
A prova farei depois.                                                    terá utilizado o elevador?

A mestra nunca esquece                                          3) Quantas vezes, em 3 semanas,
Desta nunca esquece.                                                  Magali utilizará o elevador?
Ó coisas da mesma espécie
É que podemos somar.                                            4) Se dessas vezes, Magali deixar
                                                                                    de utilizar o elevador durante uma
Somando pera e mamão,                                            semana por causa do cheiro de
Uva, banana e laranja                                                 Cascão, quantas vezes o elevador
Em lugar de uma adição                                             será utilizado por ela?
Uma salada se arranja.


CONJUGAR É DESCOBRIR - Profª Schirley

Nasci, apareci, cresci,
Balbuciei, sorri, encantei,
Engatinhei, andei, corri,
Olhei, pensei, falei...

Descortinei a natureza,
Apreciei as cores,
Senti o aroma,
Distribuí suspiros.
 
Olhei ao meu redor:
O menino jogava lixo,
O rio estava poluído,
O jovem continuava no reduto,
O político perdia o atributo.

Caminhei até a praça:
O camelô anunciava o produto,
O acrobata distribuía sonhos,
O aposentado embalava a saudade,
O caminhante ventava com a vida.

Li o jornal e a revista,
Interpretei a escrita,
Comunguei com a ideia:
O mundo será bonito,
quando não houver mais conflito.