terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

"UM PAÍS SE FAZ COM HOMENS E LIVROS” - Profª Schirley

            Assim como o nosso corpo precisa de alimentos para se desenvolver fisicamente, também, o nosso intelecto precisa do “leite,” tirado dos arranjos estéticos e verdadeiros das palavras, na poesia, na música, enfim, nos bons livros e periódicos. A leitura e a escritura- binômio perfeito na formação da cidadania. Basta para isso, que, não só os governos, como também, as escolas, as famílias invistam na política da educação integral e sentimental.
            A primeira ação a favor de cidadãos conscientes e criativos, críticos e livres, inventivos e respeitosos com os direitos básicos de qualquer cidadão-irmão, é a educação de qualidade. Para isso acontecer, é necessário e indispensável, urgente e imediato que os governantes, as autoridades educacionais, escolas, professores bibliotecários e as famílias invistam em bibliotecas, com bons livros, com todos os tipos de periódicos, para criar o hábito da leitura que gera inúmeros benefícios, como: aprimoramento do vocabulário, estimulação da criatividade, competência na interpretação, formação do senso crítico e diversos outros benefícios.
       Tanto a leitura como a escritura são práticas sociais de suma importância para o  desenvolvimento da cognição humana. Todo aluno do ensino fundamental, como do ensino médio e mesmo universitário precisa saber redigir desde uma simples carta, uma procuração, um atestado até um termo de doação ou um testamento, pois são exigências das circunstâncias da vida. Para que isso se torne domínio e competência efetiva dos brasileiros, estes precisam cultivar o hábito prazeroso da leitura, como também a prática eficiente da escrita, nas diversas modalidades dos gêneros textuais.
            Há, porém, estudos que apontam que, no Brasil, a média de leitura dos brasileiros é de um e no máximo três livros por ano, o que nos deixa numa das posições baixas em relação a outros países da América Latina, por exemplo, a Argentina, que atinge a média anual de doze livros por habitante. Esta realidade torna-se mais clarificada, quando se pensa no problema do “ analfabetismo funcional”, ou seja, o conhecimento do código linguístico unida à limitada capacidade de interpretar os textos o que se tornou um dos principais problemas da educação no país, visto as estatísticas apresentadas não só pela mídia como pelas próprias autoridades governamentais.
            Esse problema estrutural se deve a precariedade do ensino no país e a falta de incentivos que apoiem o hábito e a importância da leitura nas escolas. Ainda assim, é indispensável gritar aos quatro cantos desse país que há centenas e centenas de escolas e professores que praticam ricas e inéditas experiências nas áreas da leitura e da escritura, mas que ainda, são consideradas “ILHAS DE  EXCELÊNCIA”.

            Portanto, não só o escritor Monteiro Lobato disse com todas as letras: “Um país se faz com homens e livros”. Não só a ex-ministra da cultura, Ana de Hollanda, registrou: “Um país rico é um país de leitores.” E Bill Gates, com estas palavras, tornou-se célebre: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes, terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever- inclusive- a sua própria história”.  

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