quarta-feira, 31 de maio de 2017

LIBERDADE DE EXPRESSÃO - Profª Schirley

           A Constituição Brasileira prevê direitos básicos para o cidadão: direito à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, à liberdade de expressão e outros direitos. Mas, eis que surgem, constantemente, mediante circunstâncias sociais, econômicas e políticas, questionamentos de várias naturezas. O principal, nos últimos tempos é: será que temos plenos direitos à liberdade de expressão, Já que existem tantas intolerâncias e ações de terrorismo?
            Sabe-se, através da história da humanidade, que muitas mudanças e progressos, tanto sociais, quanto políticos, ocorreram através de revoluções ou conflitos. Um exemplo disso foi a Revolução Francesa em que a Aristocracia vivia em um luxo extremo e tinha poder absoluto, enquanto o povo vivia na pobreza, com fome, sem a liberdade de se expressar. Foi com a revolução que o cenário mudou para o que conhecemos hoje, onde todos têm direitos e nascem livres.
            Não foi diferente, aqui, no Brasil, com o movimento da Semana da Arte moderna e com a revolução de 1964. Muitos brasileiros foram presos, torturados, exilados e até mortos, em nome da democracia e da liberdade de expressão. Na década de 70 e 80, o jornal “O Pasquim” também sofreu muita repressão e houve muitas prisões de dirigentes, escritores e artistas, por fazerem oposição ao Regime Militar. Esse Jornal era o porta-voz da indignação social brasileira.
            Os intelectuais, os atores, músicos, escritores da literatura, tanto literária, quanto informativa, deixam em suas obras, sejam livros, romances, novelas, peças de teatro, músicas e outros gêneros, espaços vazados explícitos ou implícitos, os reclames, os protestos, as indignações sobre as injustiças, a corrupção, as diversidades, enfim, sobre os desmandos políticos a favor, apenas, de uma minoria, implantando, cada vez mais, as distâncias culturais, sociais e econômicas.

            Portanto, a liberdade de expressão deve ser um direito de todos, praticado, livremente, através da imprensa escrita ou falada, sempre com responsabilidade e verdade. O livre exercício do direito de opinar, criticar, caricaturar e denunciar exige reflexão e ética. É direito de todos se rebelar contra as desigualdades , contra a corrupção, contra as injustiças, enfim, contra as distâncias culturais, sociais e econômicas, tão cruéis e subumanas.  

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