O que é mais plausível e humano?
Adotar uma criança ou um animal de estimação?
Esta pergunta é feita por centenas e centenas de pessoas. Há dezenas de
questionamentos e posições diferentes sobre o assunto. Os assuntos são
diferentes ou parecidos? E as responsabilidades
entre as duas posições?
É
como Cecília Meireles fala em seu poema “Ou Isto Ou Aquilo”? Adota- se uma
criança que vive na rua e passa fome e frio ou um cachorro que vive perambulando
e ganha restos de comida encontrados nos lixeiros? Ou é possível ter
entendimento e acolhimento para os dois?
Há quem argumenta que animal de estimação deve ser bem tratado e
cuidado, que faz falta para companhia ou até terapia e ajuda. Há argumentos de
profissionais como veterinários que afirmam, com conhecimento de causa, que
cachorros e gatos, principalmente, podem transmitir algumas doenças graves.
Estes animais precisam de tratamento e acompanhamento para vacinas e outros
cuidados. Há quem afirma que animal também tem sentimentos. Adotar um
animal de fato não acarreta muita responsabilidade, enquanto que adotar uma
criança requer muita atenção e muito amor incondicional, muito
investimento na educação e na saúde, no
vestuário e em tantas outras necessidades.
Há
quem afirma: “é mais fácil levar um animal para casa que tenha fome, que
alimentar uma criança abandonada na rua”. Deve-se, no entanto, ressaltar que os
assuntos são diferentes, que as opiniões e visões e responsabilidades também
são diferentes. O que se destaca e se enfatiza é que criança tem uma história
cheia de marcas na alma e tem grandes sonhos.
As crianças reagem com frustrações, com
desencantos, com descaminhos e podem se tornar grandes problemas no seio da
família e da sociedade, quando agredidas, mal amadas, sem amparo e sem um porto
seguro. Não se deve esquecer que as
crianças serão os homens de amanhã... o nosso futuro... quanto mais se faz
pelas crianças e pela sua educação e acolhimento, melhor futuro , o mundo terá.
Se
me perguntassem sobre o assunto, minha resposta seria bem objetiva: “Não tenho predisposição para adoção de nenhuma
natureza, porque o meu amor é multiplicado pela família e pela semeadura da
leitura”.
Concorda-se
que todos fazem falta no mundo, tanto os animais como as crianças, mas não se
deve comparar animais a seres humanos. A lei da vida é: “fazer aos outros o que
se gostaria que fizessem por nós”. Não custa amar o próximo acima de tudo, pois
o amor multiplica-se, não se divide.
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