Negrinho do Pastoreio
foi açoitado
por causa do cavalo
que sumiu no prado.
No meio do formigueiro
seu corpo foi jogado.
O menino foi salvo por
sua madrinha, Nossa Senhora,
que desceu do céu
e lhe valeu nessa hora.
Negrinho apareceu
no cavalo sumido.
Nenhum arranhão
seu corpo tinha sofrido.
O fazendeiro cruel
atirou-se ao chão
ao ver o Negrinho
acenar com a mão.
Nos campos celestes,
Negrinho cavalga,
feliz da vida, e ajuda
a encontrar, na terra,
as coisas perdidas.
Negrinho do pastoreio,
acendo esta vela pra ti
e peço que me devolvas
o tempo que eu perdi...
BOCHECO, Eloí. Cobra
Norato e Outras Miragens. Erechim: Habilis Press, 2016, P. 8.
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