quarta-feira, 1 de março de 2017

POESIA COM RAPADURA - Bráulio Bessa

Será mesmo que o respeito
Anda mesmo em desuso?
Pra mim soa tão confuso
Essa tal necessidade

De alguém que é diferente
Enfrentar um mar de gente
Lutando por igualdade
E talvez esta igualdade
Essa tal pluralidade
Seja mais pura vontade
De viver a liberdade
De ser só o que se é
De ser homem, de ser mulher
De ser quem você quiser
De ser alguém de verdade
Seja trans, seja transparente
Seja simplesmente gente
Mesmo que alguém lhe julgue diferente
Mesmo que você mesmo
Se julgue diferente
Eu reforço: seja gente, urgente.

Há quem nasceu pra julgar
Há quem nasceu pra amar
E é tão simples entender
De qual lado a gente tá.
E o lado certo, meu povo,
O lado certo é amar.
Amar para respeitar,
Amar para tolerar,
Amar pra compreender
Que ninguém tem o dever
De ser igual a você.
Apenas seja, enfrente esta peleja
Contra uma sociedade
Que se acha no direito
De lhe julgar com maldade.
Seja de verdade,
Afinal, da sua alma,
Do seu corpo,
E da sua identidade
É você, só você
Que possui autoridade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário